quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CURRICULO ESCOLAR



Caros professores, hoje iremos discutir a questão do currículo, mais especificamente em três definições que são apresentadas, o currículo real, prescrito e o oculto, para discutirmos a relação entre ambos e até onde os mesmos se complementam.


ALGUMAS DEFINIÇÕES DE CURRÍCULO.

O QUE É CURRÍCULO?


Segundo SACRISTÁN (2000,p.46),"o currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações" 
O currículo, para P. W. MISGRAVE (1972) apud FORQUIN (1993, p.22), constitui na verdade “um dos meios essenciais pelos quais se acham estabelecidos os traços dominantes do sistema cultural de uma sociedade', no mínimo pelo papel que ele desempenha na gestão do estoque de conhecimentos de que dispõe a sociedade, sua conservação, sua transmissão, sua distribuição, sua legitimação, sua avaliação”.
Portanto, percebi-se que, um currículo escolar é primeiramente, no vocabulário pedagógico, um percurso educacional, um conjunto contínuo de situações de aprendizagem, às quais um indivíduo vê-se exposto ao longo de um dado período, no contexto de uma instituição de educação formal.
Ao analisar diversos autores, pode-se perceber que o currículo constitui o elemento primordial no processo pedagógico, pois é ele quem viabiliza o processo de ensino e aprendizagem. È com ele, com  sua projeção que define o que ensinar, para que ensinar, como ensinar e as formas de avaliação, em relação a didática. Assim, o currículo é a expressão da cultura da escola. Ao mesmo tempo em que é um conjunto de princípios e práticas que reflete e recria esta cultura projetando a cultura organizacional que se deseja visando à intervenção e transformação das realidades. Sendo assim, a finalidade do currículo não será somente a propagação desta cultura, mas a transformação social. Portanto fica claro que o currículo é mais que cronograma das disciplinas, mas um instrumento regado de inspirações ideológicas e políticas.




CURRÍCULO REAL


O Currículo Real é o currículo que acontece dentro da sala de aula com professores e alunos a cada dia em decorrência de um projeto pedagógico e dos planos de ensino. É o currículo idealizado pela prática do professor, ou seja, é experimentado é a reação dos alunos ante ao que está sendo aprendido,compreendido e retido pelos mesmos. A característica marcante deste currículo é a contextualização dos conteúdos. São os moldes formais do Currículo formal que tomam vida na sala de sala onde se pode repensar seus conceitos e construir competências de caráter conceitual, procedimental e atitudinal.
Portanto, este modelo de currículo de fato acontece na sala de aula em decorrência de um projeto pedagógico e um plano de ensino. È a execução de um plano é a efetivação do que foi planejado, menos que neste caminho de planejar e do executar aconteça mudanças, intervenção da própria experiência dos professores, decorrente de seus valores, crenças e significados. (Libâneo, p.172)




  CURRÍCULO OCULTO


O Currículo Oculto é o termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho dos professores. O currículo oculto representa tudo o que os alunos aprendem diariamente em meio às várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepções, que vigoram no meio social e escolar.
Segundo Libaneo (p. 172),o currículo oculto é representado pelas influências que afetam a aprendizagem dos alunos e o trabalho do professor provenientes da experiência cultural, dos valores e significados trazidos pelas pessoas de seu meio social e vivenciado na própria escola, ou seja, das praticas e experiências compartilhadas em escola e nasala de aula.
É a representação de tudo o que os alunos aprendem pela convivência em meio a convivência e a espontaneidade e o meio a várias práticas, atitudes, comportamentos, gestos, percepção que vigoram no meio social e escolar.O termo oculto significa que ele não está prescrito, não a parece no planejamento, embora se constitua como importante fator na aprendizagem.
Portanto o currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem,de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes. O que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações.
Portanto, Currículo Oculto que nada mais é do que todo aquele conhecimento, bagagem que adquirimos das mais diversas fontes cotidianas, e que também agregam grande valor à nossa aprendizagem. É nessa aprendizagem, por exemplo, que captamos também, os traços do grupo social com o qual convivemos, trazendo crenças, cultura, preconceito, enfim, com o próprio nome já diz, esse é aquele conhecimento que adquirimos de fontes ocultas.


CURRÍCULO PRESCRITO


O Currículo Prescrito é um conjunto de decisões normativas que são produzidas nos gabinetes das secretarias federais, estaduais e municipais de educação. É um currículo totalmente distanciado do currículo real, pois não respeita a diversidade, e não é construído pelos que fazem a escola cotidianamente.
O currículo prescrito atribuiu à escola o papel de transmitir uma cultura com base na lógica da reprodução, um currículo igual para todo o território e para todos os alunos, construído para que o professor o execute da forma como veio estruturado.
Mesmo o currículo sendo prescrito, o professor através de sua interação deve construir, no dia-a-dia, novas alternativas curriculares para a sua prática docente.
Portanto, currículo prescrito é aquele que é planejado oficialmente, e tem como meta através desse planejamento, a satisfação de todas as carências que podem existir relacionadas ao ensino e transmissão do conhecimento em si pode afirmar que se trata de uma idealização do currículo, que na prática quase nunca ocorre.
A modalidade do currículo que mais faz parte da vida cotidiana do profissional da pedagogia, se olhar pela ótica da ação prática, é a que chamamos de Currículo Real, que é a o que acontece na prática cotidiana, ele às vezes pode representar uma soma dos currículos prescritos e ocultos, às vezes é carente por diversos motivos, e não chega a atingir de forma satisfatória o que é desejado na elaboração do Currículo prescrito. Mas é o que acontece na realidade escolar e por isso o mesmo deve ser destacado, pois sabemos que vários são os motivos para que ocorra essa mudança do currículo na forma prescrita, até chegar ao real, no dia-a-dia, e nem sempre (ou melhor, quase nunca) essa incapacidade de cumprir na esfera real, aquele planejamento inicial da ação é de responsabilidade daquele que a elabora, mas sim do descaso dos governos com a educação, que pregam uma coisa na teoria, mas não enxergam a dificuldade de transformá-la em algo palpável, não levando em conta essas dificuldades e variações que vão transformando o currículo da sua idealização, passando por várias etapas até a sua implementação em escala real.
Nos dias de hoje ainda temos escolas quem pensam que todos têm que ser iguais, onde a instituição escolar sempre se organizou a partir dos padrões a serem cumpridos por todos, com práticas de que a aprendizagem acontece no mesmo ritmo e no mesmo tempo, excluindo assim, aqueles que fogem a esse padrão, com classificações e seleções baseadas no modelo tradicional.
A escola se diz inclusiva, mais continua tratando os alunos que são por naturezas diferentes uns do outros, como se todos fossem iguais, excluem aqueles que não se encaixam nos grupos sociais e culturais que a cultura escolar impõe.





Depois de ler todo este texto com os significados das modalidades de currículo, os outros textos e vídeos publicados no blog, gostariam de deixar para vocês uma proposta, ou melhor, um espaço aberto para discussão e reflexão, sobre quais são os fatores que mais atrapalham o cumprimento desse currículo, onde são necessárias melhorias e/ou intervenção para que a nossa educação e processo pedagógico se tornem mais eficiente e eficaz.


REFERÊNCIAS

ALONSO, Luisa G. e outros. A Construção do Currículo na Escola: Uma Proposta de Desenvolvimento Curricular para o 1o. Ciclo Básico. Porto, Porto Editora, 1994.

Blog Debate Pedagogia. Disponível em: http://luciagpedagogia.blogspot.com.br/. Acessado em: 20/09/2012 às 21h20min.

Blog Currículo. Disponível em: http://curriculovaleria.blogspot.com.br/2012/09/curriculo-real-oculto-e-prescrito.html. Acessado em: 10/09/2012 às 20h30min.

Blog Escola Infantil Cicera Gomes. Disponível em: http://escolainfantilciceragomes.blogspot.com.br/2012/10/curriculo-escolar-realoculto-e-prescrito.html. Acessado em: 15/09/2012 às 19h30minh.

Blog Futuro Professor!. Disponível em: http://robolonha.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html . Acessado em: 20/09/2012 às 20h40min.

FORQUIN, Jean-Claude. Escola e Cultura. As bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre, ARTMED, 1993.

MOREIRA, B.F.; CANDAU, M.V. Indagações sobre Currículo: “Currículo Conhecimento e Cultura” Plano de Desenvolvimento da Educação, Ministério da Educação. Disponível em: Faculdade Unopar web-aula 1 e 2 da professora Melina Klaus. EAD Unopar. Acessado em: 03/10/2012 às 19h40min.

SACRISTÁN, J. Gimeno e Gómez, A. I. Perez. O currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática? Compreender e Transformar o Ensino. Porto Alegre, Armed, 2000:119-148.

SANTOS, Adriana Regina de Jesus. Currículo, Conhecimento e Cultura Escolar. In: UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ, material disponibilizado ao curso de Licenciatura em Pedagogia, 4º Módulo, 2012. – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.

SANTOS, J.R.A. Currículo Conhecimento e Cultura Escolar, editora Afiliada – São Paulo, 2011

SILVA, Tomaz Tadeu da. Quem escondeu o currículo oculto. In  Documento de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte, Autêntica, 1999: 77-152. 




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

O Currículo Oculto


O currículo significa aquilo que os estudantes têm oportunidade de aprender através do que é formalmente ensinado e do que, mesmo não sendo explicitado, está latente em algumas práticas pedagógicas bem como em textos, gravuras dos livros didáticos e imagens de vídeos e filmes. Hábitos de ordem, pontualidade, correção, respeito, competição- colaboração, docilidade e conformidade são, entre outros, aspectos inculcados conscientes ou inconscientemente pela escola que denotam um modelo de cidadão. A grande maioria dessas influencias é imposta como norma de fato, aceita sem discussão, como parte do que consideramos normal. A este conjunto, de práticas pedagógicas não explicitadas, chamamos de currículo oculto.

O currículo oculto das praticas escolares tem uma dimensão sócio-politica inegável que se relaciona com as funções de socialização que a escola tem dentro da sociedade, porem, quando todos esses valores fazem parte do currículo explicito da educação social e moral, não mais caberá dizer que são propriamente componentes de sua dimensão oculta. As obrigações que o currículo oculto impõe aos alunos são tão importantes, ou mais para eles, para sua sobrevivência e sucesso na escola, do que as do programa oficial ou explicito, como são também para os próprios professores.

Disponível em: http://acompanhamentoeducacional.blogspot.com.br/2009/06/o-curriculo-oculto.html.  Acessado em: 20/09/2012 às 20:40h.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Currículo oculto


Como agir em relação aos conteúdos que são ensinados e aprendidos de forma não explícita na escola


CATARINA IAVELBERG  “As ações serão eficazes quando contribuírem para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.” Foto: Marina Piedade


A orientação educacional tem o compromisso de auxiliar a escola em sua função socializadora, criando ou reformulando ações pedagógico-educacionais e favorecendo a articulação de valores que resultem em atitudes éticas no âmbito do convívio social. Ainda que a instituição não conte com um cargo específico para essa função, suas atribuições precisam ser realizadas no dia-a-dia.

Como esse campo se ocupa em desenvolver estratégias para a aprendizagem dos conteúdos atitudinais, um dos papéis mais importantes do orientador é gerenciar o currículo oculto. A maior parte dos problemas tradicionalmente enviados para a sala dele (exclusão de sala de aula, furto, briga, bullying, mau uso dos espaços coletivos, cola em provas, plágio de trabalho atitude de desrespeito ao professor) está vinculada a esses “conteúdos” que são ensinados e aprendidos de forma não explícita nas relações interpessoais que se constroem na escola.

Trata-se de um equívoco acreditar que esse educador deva se ocupar exclusivamente dos alunos (em especial os tidos como indisciplinados e os que têm baixo rendimento) e de suas famílias. Infelizmente, ainda existem escolas que trabalham nessa perspectiva antiquada e “psicologizante”, que posiciona o orientador educacional como alguém destinado a abafar (e não resolver) os conf litos na base da mediação com estudantes, pais e professores. Esse modo de atuar, eticamente ineficaz, faz com que esse profissional muitas vezes se sinta como um bombeiro, que todos os dias apaga incêndios e deixa brasas pelo caminho. Fechado numa sala geralmente distante dos espaços onde o currículo oculto se manifesta, ele acaba brincando de investigador de polícia, juiz ou psicólogo clínico. Alguns ficam constrangidos por terem de atuar assim. Mas há os que exercitam com satisfação esses pequenos poderes.
Uma abordagem contemporânea do trabalho compreende outras competências para o orientador educacional. Ele deve ter certo distanciamento da demanda aparente (queixa) para promover uma escuta analítica que o leve a identificar os agentes, os valores e os conflitos nela envolvidos. Também está sob sua responsabilidade desencadear ações que ampliem o diálogo e a compreensão entre os protagonistas da comunidade, sem jamais negar a natureza dos conflitos. O exercício dessas competências só é possível quando o orientador educacional deixa a rotina de sua sala e se insere em outros espaços para procurar e explicitar os elementos do currículo oculto. As ações serão eficazes quando contribuírem para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem, o que requer a interlocução com a equipe docente e o entendimento do sujeito como um ser histórico, crítico e social. Embora o orientador educacional não seja um especialista nas didáticas – essa é a especialidade do coordenador pedagógico –, ele deve ser capaz de identificar se a ação docente está de acordo com os princípios que norteiam o projeto pedagógico da escola.
É imprescindível sua participação nos momentos de formação dos professores, desenvolvendo estratégias para problematizar o convívio e as relações entre as pessoas. Trata-se de promover coletivamente o abandono do discurso pessimista e paralisador do fracasso da escola e do aluno e debruçar-se sobre os obstáculos que precisam ser superados. Existem diversos aspectos que compõem uma boa parceria entre o educacional e o pedagógico. A seguir, alguns exemplos:

• Compartilhar as observações do cotidiano escolar que ajudem a descobrir os aspectos do currículo oculto.

• Problematizar temas relacionados à qualidade do convívio, tais como valores, uso do espaço coletivo, furtos, violência, questões de gênero, preconceito etc.

• Refletir sobre a formação ética do sujeito social por meio da análise dos temas transversais nas diversas disciplinas e da seleção dos temas sociais complexos e o momento mais apropriado para introduzi-los em situações de aprendizagem.

• Investigar a escola sob novos paradigmas, entrando em contato com a produção de teóricos da ciência, da sociologia e da psicologia da Educação.

• Compreender as características da diversidade da família moderna e seus impactos na Educação.

• Informar-se sobre as principais características dos alunos com necessidades educativas especiais e como garantir a socialização e a aprendizagem.

• Construir acordos educativos coletivos que comuniquem o resultado da reflexão da instituição sobre as práticas e sirvam de parâmetros para futuras ações.

A integração do educacional com o pedagógico só funciona nas escolas que acreditam e apostam na troca de experiências e saberes, com o apoio institucional necessário e a adesão de gestores e docentes que não temem buscar oportunidades para propiciar o desenvolvimento de suas competências profissionais.

CATARINA IAVELBERG (gestao@atleitor.com.br) é assessora psicoeducacional especializada em Psicologia da Educação.

Currículo Escolar.


          CURRÍCULO é basicamente uma lista do que uma escola pretende ensinar, pode conter informações sobre a maneira de aplicar processos de avaliação e aprendizagem dos alunos.É ele quem viabiliza os processos de ensino, geralmente se resume a uma relação de matérias, onde cada matéria possui seus conteúdos geralmente apresentados na seqüência a serem trabalhados com os alunos de cada série ou ano. Define o que deve ser ensinado, para que e como ensinar. A finalidade do currículo abrange multiplicar a cultura e a transformação social. Sendo assim o currículo é mais do que um cronograma das disciplinas em si, mas também é um instrumento cheio de inspirações ideológicas e políticas.
          Ao longo do tempo os currículos podem sofrer muitas alterações, como matérias que podem desaparecer, um exemplo, seria o “Latim“ e também outras podem ser criadas como a Educação Ambiental mais recentemente. O currículo pode ser uma referência sobre o modo de ser da escola em especial quando apresenta algumas inovações. Atualmente estas inovações podem dividir-se  em 2 categorias : O enriquecimento da lista básica de conteúdos como artes, música e informática e a simplificação de conteúdos. De acordo com estudos realizados constatou-se a existência de vários níveis de currículo dentro do ambiente escolar, sendo eles: Currículo Prescrito, Currículo Real, e Currículo Oculto.


 
                                                              CURRÍCULO PRESCRITO 

           Nada mais é conhecido como currículo oficial, ou seja foi estruturado por diretrizes normativas prescritas institucionalmente. Este tipo de currículo prevê os conteúdos a serem trabalhados nas mais diversas disciplinas. A intenção deste currículo é de oferecer ao País uma base nacional comum de educação, como aponta a LDB 939\96.        

Art.26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Desta forma está garantida em bases legais o cumprimento de uma das finalidades da lei promover a igualdade e a garantir a equidade para todos os brasileiros sem restrições.
O currículo prescrito enuncia o discurso da classe que está no poder, traduzido em disciplinas e programas, passado pelo professor em forma de guias de ensino, programas e livros didáticos.





                                                                CURRÍCULO REAL 

            É concretizado dentro da sala de aula, trata-se de um currículo onde o observador vê quando está presente nas aulas. Se realiza através da prática pelo professor, é experimentado, é onde vemos a reação dos alunos diante do que está sendo aprendido, compreendido. O que marca bastante neste currículo é a contextualização dos conteúdos, são os moldes do currículo prescrito que tomam vida em sala de aula. É o currículo sendo posto em prática em decorrência a um projeto pedagógico ou plano de ensino, é a execução de um plano, podendo acontecer pequenas mudanças conforme a própria experiência do professor, dependendo de seus valores, crenças e significados. Essa mudança do conhecimento institucional ao conhecimento vivencial cria oportunidades de construção do conhecimento gerando um saber significativo.




CURRÍCULO OCULTO 

         Seria um termo usado para denominar as influências que afetam a aprendizagem dos alunos, e o trabalho do professor. Representa práticas, atitudes comportamentos, em meio social e escolar, está oculto porque não aparece no planejamento do professor. Seria o que os alunos aprendem pela convivência, sendo um importante fator na aprendizagem. Portanto o currículo oculto é constituído por todos aspectos do ambiente escolar que sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes.

Disponível em:http://francielevergani.blogspot.com.br/ . Ascessado em: 09/10/2012 ás 08:13h

Conceito de Currículo


Conceito de currículo:

          O conceito de currículo, conforme Sacristán (1999),é a ligação entre a cultura, como por exemplo, a escola e a educação; entre o conhecimento e cultura herdados e a aprendizagem dos alunos; entre a teoria (idéias, suposições e aspirações) e a prática possível, dadas determinadas condições.

            O currículo não surge do nada e sim de uma necessidade social e principalmente econômica e cultural. Portanto, é construído pela sociedade e centralizado e envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos na nossa identidade, na nossa subjetividade.

            O currículo na educação infantil segundo a LDB 9394/96, é assim apresentado:



ð     Art. 3º O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade.

ð     Art. 4º As propostas pedagógicas da Educação Infantil deverão considerar que a criança, centro do planejamento curricular, é sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura.



                Segundo o Referencia Curricular Nacional para a Educação Infantil, volume 1 (1998), o currículo na Educação Infantil não deve privilegiar apenas conhecimentos de ensinar-aprender, mas ordená-los e  organizá-los. Ele  deve ser flexível e adaptável aos diversos contextos, porém, o currículo serve como conexão entre as escolas e a comunidade, é a base para a formação do conteúdo escolar. Ele não é uma montagem de conhecimentos sem efeitos que aparece nos livros didáticos e nas escolas. E sim, uma produção de conflitos, tensões e compromissos culturais, políticos e econômicos, que são organizados ou não pelas pessoas. A sua construção se deve pelos acontecimentos e as experiências cotidianas da vida, que não são isoladas, são analisadas em relação à dominação e exploração permeadas pela sociedade de modo geral. Por isso, não pode ser considerado algo técnico, neutro e desvinculado da construção social.

            O currículo assume uma função social, é entendido como um percurso a ser trilhado da formação escolar.

            Segundo Oliveira (2010), o currículo busca articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico,científico e tecnológico da sociedade por meio de práticas planejadas e permanentemente avaliadas que estruturam o cotidiano das instituições.A criança, centro do planejamento curricular, é considerada um sujeito histórico e de direitos. Ela se desenvolve nas interações, relações e práticas cotidianas a ela disponibilizadas e por ela estabelecidas com adultos e crianças de diferentes idades nos grupos e contextos culturais, nos quais se insere. A maneira como ela é alimentada, se dorme com barulho ou no silêncio, se outras crianças ou adultos brincam com ela ou se fica mais tempo quietinha, as entonações de voz e contatos corporais que ela reconhece nas pessoas que a tratam, o tipo de roupa que ela usa, os espaços mais abertos ou restritos em que costuma ficar, os objetos que manipula, o modo como conversam com ela, são elementos da história de seu desenvolvimento em uma cultura.A atividade da criança não se limita à passiva incorporação de elementos da cultura, mas ela afirma sua singularidade atribuindo sentidos a sua experiência, através de diferentes linguagens, como meio para seu desenvolvimento em diversos aspectos (afetivos,cognitivos, motores e sociais). Assim, a criança busca compreender o mundo e a si mesma, testando de alguma forma as significações que constrói, modificando-as continuamente em cada interação, seja com outro ser humano, seja com objetos. Em outras palavras, a criança desde pequena não só se apropria de uma cultura, mas o faz de um modo próprio, construindo cultura por sua vez.Outro ponto importante em relação à aprendizagem infantil considera que as habilidades para a criança discriminar cores, memorizar poemas, representar uma paisagem, através de um desenho, consolar um coleguinha que chora etc., não são fruto de maturação orgânica, mas são produzidas nas relações que as crianças estabelecem com o mundo material e social, mediadas por parceiros diversos, conforme buscam atender suas necessidades no processo de produção de objetos, ideias, valores e tecnologias. Assim, as experiências vividas no espaço de Educação Infantil devem possibilitar o encontro de explicações pela criança sobre o que ocorre à sua volta e consigo mesma, enquanto desenvolvem formas de sentir, pensar e solucionar problemas. Nesse processo é preciso considerar que as crianças necessitam envolver-se com diferentes linguagens e valorizar o lúdico, as brincadeiras, as culturas infantis. Não se trata assim de transmitir à criança, uma cultura considerada pronta, mas de oferecer condições para ela se apropriar de determinadas aprendizagens que lhe promovem o desenvolvimento e formas de agir, sentir e pensar que são marcantes em um momento histórico. Quando o professor ajuda as crianças a compreender os saberes envolvidos na resolução de certas tarefas,  tais como empilhar blocos, narrar um acontecimento, recontar uma história, fazer um desenho, consolar outra criança que chora, etc...,  são criadas condições para desenvolvimento de habilidades cada vez mais complexas pelas crianças, que têm experiências de aprendizagem e desenvolvimento diferentes de crianças, que têm menos oportunidades de interação e exploração.Face essa visão de criança, o desafio que se coloca para a elaboração curricular e para sua efetivação cotidiana é transcender a prática pedagógica centrada no professor e trabalhar, sobretudo, a sensibilidade deste para uma aproximação real da criança, compreendendo-a do ponto de vista dela, e não da do adulto.

            O impacto das práticas educacionais no desenvolvimento das crianças se faz por meio das relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores e as outras crianças e que afetam a construção de suas identidades. Em função disso, a preocupação básica do professor deve garantir às crianças, oportunidades de interação com companheiros de idade dado que elas aprendem coisas que lhes são muito significativas quando interagem com companheiros da infância e que são diversas das coisas que elas se apropriam no contato com os adultos ou com crianças já mais velhas. À medida que o grupo de crianças interage, são construídas as culturas infantis. Além de reconhecer o valor das interações das crianças com outras crianças e comparceiros adultos, e a importância de se olhar para as práticas culturais em que as crianças se envolvem, as DCNEIs ainda destacam a brincadeira como atividade privilegiada na promoção do desenvolvimento  nesta fase da vida humana. Brincar dá à criança oportunidade para imitar o conhecido e construir o novo, conforme ela reconstrói o cenário necessário para que sua fantasia se aproxime ou se distancie da realidade vivida, assumindo personagens e transformando objetos pelo uso que deles faz. Na brincadeira de faz-de-conta se produz um tipo de comunicação rica em matizes e que possibilita às crianças indagar sobre o mundo a sobre si mesma e por à prova seus conhecimentos no uso interativo de objetos e conversações. Através das brincadeiras e outras atividades cotidianas que ocorrem nas instituições de Educação infantil, a criança aprende a assumir papéis diferentes e, ao se colocar no lugar do outro, aprende a coordenar seu comportamento com os de seus parceiros e a desenvolver habilidades variadas, construindo sua identidade. O campo de aprendizagens que as crianças podem realizar na Educação Infantil é muito grande. Finalmente, considerar as crianças concretas no planejamento curricular das instituições de Educação infantil significa também compreender seus grupos culturais, em particularsuas famílias.

Disponível em: http://a-crianca-no-mundo-letrado.blogspot.com.br/ . Ascessado em: 09/10/2012 ás 07:53h

Currículo Escolar.


Curriculo Escolar


Currículo Oculto